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Geral

Compaixão- Bryan Stevenson

 

Publicado no Brasil pela Red Tapioca, Compaixão, de Bryan Stevenson é construído sob uma linha narrativa na qual o autor expõe casos nos quais atuou como advogado de defesa de pessoas que foram acusadas e condenadas injustamente, a maioria delas mandadas para o corredor da morte nos Estados Unidos. 
 
O principal caso apresentado no livro é de um homem negro chamado Walter McMillian, que ficou preso no corredor da morte por 6 anos, por um crime que não cometeu. Intercalado aos acontecimentos desse caso, o autor apresenta diversas outras histórias, o que nos faz conhecer uma infinidade de casos e chegarmos ao ápice da indignação. Quando pensamos que a “justiça” não poderia ser mais cruel e seletiva, o autor vem e mostra que pode sim, o que só faz aumentar o desejo de descobrir o que acontecerá como caso de Walter McMillian.

Compaixão é ótimo livro para pensarmos sobre encarceramento em massa e as questões que estão envolvidas nisso. O autor destaca como menores de idade são julgados e sentenciados como se fossem adultos, o desserviço que a imprensa faz com manchetes sensacionalistas, notícias mentirosas e infundadas, e o quanto as decisões judiciais são tomadas baseadas em julgamentos racistas.
Fonte: Divulgação/Aventuras na História
Fica evidente que é um livro baseado em pesquisas estatísticas, sérias, para além da experiência do próprio advogado, que abriu um centro jurídico para oferecer serviços gratuitos e auxiliar pessoas no corredor da morte, que ficou conhecido como Equal Justice Initiative (Iniciativa de Justiça Igualitária).

É um livro sobre a realidade dos Estados Unidos, mas que permite refletir sobre a realidade brasileira. Não temos pena de morte institucionalizada, mas sabemos quem o braço do Estado mata todos os dias e sabemos as razões disso.

Em fevereiro desse ano (2020) estreou o filme que se baseia neste livro, “Luta por justiça”, que conta com atuação de nomes como Michael B. Jordan, Jamie Foxx e Rob Morgan.


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18 Comentários

  • Responder
    Keila
    7 julho, 2020 em 01:41

    Eu já estava super interessada em ver o filme e realmente não sabia que era baseado em um livro! Espero fazer essa leitura assim que puder!

  • Responder
    Giulliana Karla
    7 julho, 2020 em 21:00

    Caramba, realidades muito triste, chega a ser inacreditável que sejam realidades para muitas pessoas, sobretudo pretas e pretos, tamanho falta de justiçã e humanidade. Não conhecia o livro e o filme está na minha lista, espero em breve assistir.

  • Responder
    Érika Santana
    7 julho, 2020 em 21:52

    Não sabia que o filme era baseado no livro.
    Precisamos sim discutir encarceramento em massa no Brasil e como ela tem alvo racista e genocida!
    Ótima indicação, de livro e filme (:

  • Responder
    Alana Moura
    7 julho, 2020 em 23:54

    Não conhecia o livro, nem o filme já está na listinha para assistir. Sua resenha/texto me fez lembrar da série Olhos que Condenam, até hoje não consigo tirar várias parte da sério da cabeça. Faço a assimilação devido o fator raça, julgamento e sistema prisional americano feito por brancos pra massacrar minorias que sequer tem como se defender na justiça. A leitura do livro deve ser muito impactante.

  • Responder
    Gabriela Harrison
    8 julho, 2020 em 02:04

    Sempre que ouço/leio o termo "corredor da morte" tenho arrepios. Mas, ainda assim, precisamos discutir as políticas carcerárias

  • Responder
    Amanda Caroline da Silva
    8 julho, 2020 em 02:29

    Eu não assisti esse filme ainda, sei que vai mexer muito comigo, mas é necessário e agora também quero ler esse livro, a Shonda tocou nesse assunto na série How to get away with murder e é chocante! ótimas indicações como sempre, Maria!

  • Responder
    cecijia
    8 julho, 2020 em 04:39

    Eu ainda não assisti o filme porque sei que vai ser bem doloroso :~ Esse assunto mexe bastante comigo. Mas de qualquer maneira, anotei a dica de livro. Tenho pesquisado sobre encarceramento e abolicionismo penal. Acho que o livro e o filme podem ser ótimos para a reflexão sobre.

  • Responder
    Eiaoalal
    8 julho, 2020 em 20:10

    Não sabia que o filme era baseado no livro deixo como indicação a 13 emenda que fala sobre o encarceramento em massa nos EUA.
    @x.rraquel

  • Responder
    Lucas de Deus
    8 julho, 2020 em 20:39

    Eu ainda não conhecia o livro nem o filme.

  • Responder
    Maria Eduarda Ferreira
    9 julho, 2020 em 12:38

    livros que abordam as injustiças raciais/sociais de forma não teórica são meu favoritos, obrigadaa!

  • Responder
    Bárbara Grangeiro Leal
    16 julho, 2020 em 19:55

    O filme já estava na minha lista pra assistir mas não sabia que era baseado em um livro! Absolutamente necessário a reflexão, o debate e a ação sobre a seletividade do sistema judiciário e prisional. O texte me fez lembrar dos documentários 13a emenda e the kalief browder story (essa é uma série de alguns episódios) ambos do Netflix. E tbm do documentário auto de resistência que assisti na Amazon prime, sobre os assassinatos cometidos por policiais no RJ, já que a polícia muitas vezes é o braço que executa a população negra e periférica. Fiquei abalada e revoltada quando assisti (fiz maratona) mas é um negócio que abre os olhos pro significa REAL da frase "genocídio da população negra".

  • Responder
    luisadeholanda
    20 julho, 2020 em 12:42

    É um livro necessário, mas admito que sou sensível a esse tema.

  • Responder
    Ana Luisa
    20 julho, 2020 em 20:38

    Não conhecia nem o livro nem o filme. E a primeira coisa que veio na minha cabeça é aqui no Brasil, onde muitos ficam presos por muito tempo antes mesmo de serem julgados.

  • Responder
    Jaíne Muniz
    22 julho, 2020 em 16:17

    Conhecia um pouco do filme, mas não sabia que era inspirado neste livro. Me fez lembrar do documentário "13th"e da série "When They See Us", ambos da Netflix. Histórias muito fortes e reais que envolvem muitas questões sobre o sistema carcerário nos EUA.

  • Responder
    Mateus Alves
    22 julho, 2020 em 18:14

    É incrível como a literatura compreende até nossos medos mais profundos. Parte da vivência preta nos mostra como esses casos são mais comuns do que deveriam. Já adicionei na lista de leitura!

  • Responder
    Beatriz Cerqueira Biscarde
    27 julho, 2020 em 01:40

    Não conhecia esse livro, mas achei super interessante!

  • Responder
    Ana I. J. Mercury
    31 julho, 2020 em 02:38

    Oi, Maria
    Que livro importante e necessário nos dias atuais!
    Não o conhecia, mas já quero comprar agora!
    É horrível pensar em quantas pessoas são presas injustamente tudo por preconceito.
    bjs

  • Responder
    Isadora Lopes
    1 agosto, 2020 em 02:18

    Leituras tristes, porém necessárias. Como mencionado não temos a pena de morte no nosso ordenamento jurídico, mas essa realidade ressoa no nosso país bem sabemos como.
    Me lembrou do filme 13ª emenda e a seletividade do nosso sistema penal.

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