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Geral

Conheça o Clã das Pretas

Em julho desse ano surgiu no Instagram um perfil que reúne oito mulheres negras, todas blogueiras e leitoras. Essas mulheres formam o Clã das Pretas, que é um clube de leitura que tem a proposta de ler ficção, fazendo leituras conjuntas mensalmente, leituras essas baseadas em um recorte de raça e gênero.
O Clã das Pretas é composto por Ana Rosa (@eu_anarosa), Anne Caroline Quiangala (Preta, Nerd e Burning Hell), Bruna Gnadt (Biblioteca Preta), Isabela Souza & Pétala Souza (@blogparenteses), Luciana Bento (QuilomboLiterário), Natália Cardoso (Morando em Pasárgada) e Maria Ferreira (que no caso é esta que vos escreve).
Em julho a leitura conjunta do mês foi do livro “A Parábola do Semeador”, da norte-americana Octavia Butler, publicado no Brasil pela editora Morro Branco.
Sinopse: Quando uma crise ambiental e econômica leva ao caos social, nem mesmo os bairros murados estão seguros. Em uma noite de fogo e morte, Lauren Olamina, a jovem filha de um pastor, perde tudo e se aventura por um Estados Unidos dominado pela violência e pelo terror.
Mas o que começa como uma fuga pela sobrevivência acaba levando a algo muito maior: uma surpreendente visão do destino humano… e ao nascimento de uma nova fé.

Fonte: Instagram Clã das Pretas

Em agosto/setembro a leitura da vez foi “Bruxa Akata”, da estadunidense com ascendência nigeriana Nnedi Okorafor, publicado no Brasil pela Galera Record.
Sinopse: Carinhosamente apelidado de Harry Potter nigeriano, Bruxa Akata tece uma trama de magia e mistério, repleta de mitologia africana. Uma verdadeira história de amizade, superação e sobre como achar seu lugar no mundo Sunny tem 12 anos e sempre viveu na fronteira entre dois mundos. Filha de nigerianos, nasceu nos Estados Unidos; suas feições são africanas, mas ela é albina. Uma pária, incapaz de passar despercebida. O sol é seu inimigo. Castiga a pele delicada e a expõe aos olhares curiosos. Parece não haver lugar onde ela se encaixe. É sob a lua que a menina se solta, jogando futebol com os irmãos. E então ela descobre algo incrível – na realidade, ela é uma pessoa-leopardo em um mundo de ovelhas. Sunny é alguém com um talento mágico latente. Mais que isso: é uma agente livre. Uma pessoa com poderes, mas que nasceu de pais comuns. Logo ela se torna parte de um quarteto de estudantes mágicos, pesquisando o visível e o invisível, aprendendo a alterar a realidade, sendo escolhida por um mentor e conseguindo, enfim, sua faca juju — com a qual é capaz de fazer seus feitiços. Mas isso será suficiente para que encontrem e impeçam um assassino em série que está matando crianças? Um homem perigoso com planos de abrir um portal e invocar o fim do mundo?

Para outubro está prevista a leitura do “Bem-vindos ao Paraíso”, da jamaicana Nicole Dennis-Benn, publicado no Brasil editora Morro Branco.
Sinopse:Em um resort luxuoso nas belas praias de areia branca da Jamaica, Margot luta para manter Thandi, sua irmã mais nova, na escola.
Ensinada desde pequena a usar o corpo para sobreviver, ela está determinada a proteger Thandi do mesmo destino. Mas quando a construção de um novo hotel ameaça sua vila, Margot enxerga uma oportunidade de independência financeira e a chance de admitir um segredo chocante: seu amor proibido por outra mulher.
Bem-vindos ao Paraíso é um romance de estreia poderoso e um hino sensível aos dramas de um mundo escondido na vasta extensão de mar turquesa, um lugar que muitos turistas veem apenas como um paraíso.
Estão todas e todos convidados para conhecerem o perfil do Clã das Pretas no Instagram e no Twitter e lerem conosco, usando a tag #CladasPretasBookClub.

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2 Comentários

  • Responder
    Unknown
    29 setembro, 2018 em 23:16

    Que iniciativa maravilhosa! Fiquei MUITO curiosa pra ler "Bruxa Akata", vou procurar! E olha, realmente preciso ler Octavia Butler. Sabe, tenho a sensação de que tem algo em mim faltando quando penso nisso (que é justamente ler seus livros)… apesar de ainda não ter tido esse contato eu tenho muito respeito e carinho por ela porque nunca me esqueço do dia em que minha mãe pegou o Kindred pra ler e, sério, leu inteiro em um dia só. Fiquei contente porque foi algo que a ajudou/alcançou demais, ela vem passando por um momento complicado da vida e foi uma surpresa ver que ela reuniu forças pra fazer algo que sempre gostou… Ler é uma ação potente mesmo.

  • Responder
    Lary Zorzenone
    13 outubro, 2018 em 04:27

    Oi Mari
    Que projeto mais incrível, menina. Eu sempre me pergunto porque não lemos mais autores negros. Eu mesma li muitos poucos e não me orgulho nem um pouco disso. É só que é mais complicado encontrar livros escritos por negros. E ainda tem pessoas que enchem a boca pra dizer que não existe racismo. Já anotei os títulos aqui pra procurar.

    Vidas em Preto e Branco

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