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Maquiavel foi um Príncipe?

Respondendo a pergunta do título, não. Maquiavel não foi um príncipe. Ele foi o que se pode chamar de funcionário público. Nasceu no dia 3 de maio de 1469, na cidade de Florença, Itália. Foi chanceler, secretário e diplomático. Sua biografia diversas vezes confunde-se com a história política da Itália.

Seu livro “O Príncipe”, é um pequeno manual para governantes e pessoas que almejem alcançar ou permanecer no poder. É,  sem dúvidas, um livro de estratégias muito valioso, que pode ser usado, com poucas restrições, até nos dias atuais. Maquiavel o dedicou à Lourenço II, duque de Urbino, que não soube aproveitar o livro.

Príncipe, na obra de Maquiavel, é o governante do Estado.  Maquiavel defende a ideia de que para se manter no poder é preciso fazer com que os poderosos estejam do seu lado. É aquela velha história, manter os amigos por perto e os inimigos mais perto ainda.Segundo Maquiavel, “os fins justificam os meios”.

O caráter de uma pessoa pode ser julgado de acordo com os amigos que ela te. È como diz o ditado “diga-me com quem tu andas que te direi quem és”. Já na obra maqueaveliana, a linagem de um príncipe sempre vai estra refletida em seus auxiliares. Como podemos observar no trecho a seguir:

“A primeira impressão que se tem de um governante e da sua inteligência é dada pelos homens que o cercam. Quando estes são eficientes e fiéis, pode-se sempre considerar o príncipe sábio, pois foi capaz de reconhecer a capacidade e de manter a fidelidade. Mas quando a situação é oposta pode-se sempre fazer mau juízo, porque seu primeiro erro terá cometido ao escolher os assessores”.

Mesmo tendo sido escrito no período do Renascimento, os ensinamentos de Maquiavel podem ser usados nos dias atuais. E só formos para pensar, perceberemos que são. Principalmente na política.

Agora, alguns quotes do livro:

“Comete um erro quem pensa que entre as altas personalidades seja possível fazer esquecer antigas ofensas com novos benefícios”.

“De fato, o modo como vivemos é tão diferente daquele como deveríamos viver, que quem despreza o que se faz e se atém ao que deveria ser feito aprenderá a maneira de se arruinar, e não a defender-se”.

“(…) Ninguém deveria jamais permitir ser derrubado só por acreditar que há alguém disposto a levantá-lo”.

“A guerra é justa para aqueles a quem é necessária; e as armas são sagradas quando nelas reside a última esperança”.

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