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Arthur C. Clarke e sua Odisseia

A leitura desse livro foi um grande desafio para mim.
Leio de tudo, mas  ficção científica certamente não é o meu forte porque quando acabo o livro fico me perguntando o que eu entendi, se eu entendi… e com ” 2001:Uma odisseia no espaço” não foi diferente.
No sumário do livro, ele é dividido em seis partes, mas na verdade, pode ser resumido em apenas três: A narração da vida primitiva, a viagem a lua e a viagem a Saturno.
 Na primeira temos a narração do cotidiano de um grupo de homens pré-históricos, que são nômades e lutam pela sobrevivência. São totalmente primitivos, ainda não possuem o conhecimento do fogo, dos metais… mas após o surgimento de um monolito, uma pedra que os modificou,  eles foram aprendendo uma nova forma de viver.
Depois dessa parte,  o livro dá um salto enorme em termos de data e vamos para a segunda parte do livro: na qual nos é exposta a viagem de Heywod Floyd para a Lua, onde toma conhecimento da existência de uma placa com formato retangular, que recebeu o nome de AMT-1 com idade maior do que a existência dos seres humanos, o que faz todos pensarem que existiu vida fora do planeta Terra.
Novamente, há um salto na história e agora os astronautas David Bowman e Frank Poole são enviados para Saturno na nave Discovery, que é controlada pelo computador HAL 9000.Pensam que estão indo com a missão de explorar Saturno, mas na verdade, o objetivo da missão é outro, que somente HAL e os outros tripulantes que estão à bordo hibernando, sabem.
Em um determinado momento, a nave começa a presentar alguns problemas e Frank morre em decorrência disto. Bowman passa a desconfiar de HAL e quando confirma suas suspeitas, só lhe resta desligá-lo.
Acho que a falta de linearidade contribui bastante para a minha falta de entendimento.Não sei definir a forma como o livro terminou. Se eu tivesse que escolher uma palavra para caracterizá-lo, seria surreal. Não sei o que pensar sobre. Para vocês terem noção do quanto não sei o que pensar mesmo nem consegui avaliar o livro no Skoob. Ele está lá, sem estrelas, coitado.
Também quero dizer que o livro não e ruim. O autor escreve com uma riqueza de detalhes que às vezes chega até  a ser poético. Certamente é um prato cheio para os amantes de ficção científica.

Agora sobre o autor:
Arthur C. Clarke nasceu dia 16 de dezembro de 1917 na Inglaterra. após o ensino médio se mudou para Londres, onde se tornou membro da Sociedade Interplanetária Britânica e estudou Física e Matemática no King´s College.
Em 1946 vendeu sua primeira história de ficção científica para uma revista e desde então nunca mais parou de escrever. Dentre seus trabalhos mais notáveis estão: “O Fim da Infância”, “Encontro com Rama”, “As Fontes do Paraíso” e “2002: Uma Odisseia no Espaço”.
Em 2000, recebeu o título de Cavaleiro do Império Britânico por conta dos servições que prestou à literatura. É considerado um dos maiores escritores de ficção científica do século 20.
Morreu na cidade de Colombo, no dia 10 de março de 2008, com 90 anos, deixando cem bilhões de livros vendidos no mundo inteiro ( fonte das informações: Sessão “Sobre o autor”, no final do livro).

Após dez anos sem uma nova edição, a Editora Aleph lançou uma nova edição, com a tradução de Fábio Fernandes e vários extras: Nota do autor na ocasião do falecimento de Kubrick, as traduções dos contos ” A Sentinela” e “Encontro no Alvorecer”. Além disso, a editora editou o livro de forma que ele parecesse um bloco preto, sem ter textos na lombada, nem capa ou contracapa, o que fez parecer o monolito citado no livro e chega-se a essa conclusão por ele vir dentro de um box, como na imagem abaixo:

Fonte

7 Comentários

  • Responder
    Rafinha Otaku
    9 fevereiro, 2014 em 19:45

    Espero que vc assista o filme, é tão legal quanto o livro. A propósito, ótima resenha!

  • Responder
    Soraya Abuchaim
    9 fevereiro, 2014 em 21:06

    Adoro adoro suas resenhas, jamais me cansarei de falar isso!
    Nunca li esse livro porque também fico receosa com ficção científica, e quero começar com Ray Bradbury, mas estou com o filme no box do Stanley Kubrick que ganhei, pronto para ser assistido ahhahaha

    Beijos

    Meu Meio Devaneio

  • Responder
    Jéssica Neves
    10 fevereiro, 2014 em 13:17

    Eu ao contrário de você, já sou apaixonaaada por ficção científica. E olha , a impressão que você teve com esse livro – surreal- é a que praticamente todos desse gênero passam. Alguns são mais fáceis de se ler, outros realmente mais difíceis, e outros como o que eu estou lendo – Livro 2 da série O gia do mochileiro das galáxias- cheios de muito bom humor. Ainda tenho que ler esse pra tirar minhas próprias conclusões. Ótima resenha como sempre haha .

    Beeijos
    Se puder dá uma conferida lá no blog, está tendo promoção de livros.
    http://quenerdissealice.blogspot.com.br/2014/02/promocao-carnaval-de-livros.html

  • Responder
    Jéssica Neves
    10 fevereiro, 2014 em 13:20

    O guia * kk

  • Responder
    An
    14 fevereiro, 2014 em 00:14

    Oi Maria!
    Ficção científica é o meu segundo gênero favorito (depois de fantasia =)), realmente os livros tem uma riqueza de detalhes muito grande! Sou apaixonada pelo filme 2001 e estava esperando ler uma resenha do livro para ler, vou comprar e depois que ler volto aqui com uma opinião melhor do livro. O filme é bem complexo e pensa sobre a vida no espaço e em outras galáxias e mostra a singularidade do homem em um ambiente estranho. Essa edição do livro é bem bonita!
    Beijos.

  • Responder
    Raphael Dias
    22 fevereiro, 2014 em 01:33

    Nunca fui ligado em ficção científica, mas esse autor eu quero ler um dia. A adaptação do Kubrick fez coisas estranhas com meu cérebro. Também tenho curiosidade de ler O Caçador de Androides, que virou Bladerunner, no cinema, outra adaptação excelente.

  • Responder
    Raphael Dias
    26 fevereiro, 2014 em 16:16

    Vergonha, reparei agora que misturei Arthur C. Clarke e Philip K. Dick numa pessoa só. Ficção científica não é minha especialidade mesmo.

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