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#7SemanasComDavis – Semana 5


Essa postagem compreende 32 páginas (143-175), nas quais se encontram os capítulos 9 e 10, intitulados “Mulheres trabalhadoras, e a história do movimento sufragista” e “Mulheres comunistas”, respectivamente.

Susan B. Anthony publicou em janeiro de 1868, a primeira edição de Revolution, jornal que foi financiado pelo democrata racista George Francis Train. O jornal se concentrava em passar a mensagem de que as mulheres operárias deveriam lutar pelo direito ao voto. O mesmo foi publicado por dois anos. No entanto, Susan B. Anthony e suas colegas do jornal, nunca concordaram realmente com o sindicalismo. Para elas, o que importava era as mulheres e se elas tivessem que furar greves propostas pelos homens, tudo bem. O que a levou a ser banida, em 1869, da convenção da Federação Sindical Nacional.

Na Guerra Civil, as mulheres brancas começaram a trabalhar fora de casa. Em 1870, um quarto de toda força de trabalho urbano, era realizado por mulheres. Mesmo assim, a supremacia masculina impedia que as mulheres conseguissem trabalho em áreas que não fossem na produção de cigarros ou produção gráfica, mas algumas mulheres começaram a se organizar por conta própria, fazendo com que as costureiras fossem o maior grupo a trabalhar fora de casa, conseguindo apoio da Federação Sindical Nacional, em uma época em que os sindicatos começavam a  surgir, e com isso, um apoio maior  na luta pela equipação salarial com os homens.
Em 1869, foi criada a Federação Sindical Nacional do Operariado de Cor, que, ao contrário dos homens brancos, não excluiam as mulheres de suas reivindicações.
E apesar de todo discurso em prol da mulher operária, Susan B. Anthony ignorava que as mulheres trabalhadoras tivessem questões mais urgentes para lidar, como salário, jornadas e condições de trabalho, do que a defesa do seu direito de voto. As trabalhadoras só se uniram em massa para reivindicar seu direito ao voto no inicio do século XX, mas porque esse era um artifício que as ajudariam a ter melhores condições de trabalho.
As mulheres sufragistas negras, ao contrário das brancas, tinham o apoio dos homens negros, como Frederick Douglass no século XIX e W.E.B. Du Bois, no século seguinte.
Quando as mulheres finalmente conseguiram a concessão do direito de voto, as negras do Sul não puderam exercer seus direitos. De modo violento, foram impedidas pela Ku Klux Klan, na Flórida, e de modo mais calmo na Geórgia, com a recusa de suas cédulas pelos supervisores eleitorais. As mulheres brancas pouco protestaram contra esse tratamento.


O Manifesto Comunista foi publicado por Karl Marx e Friedrich Engels, em 1848. Nos anos iniciais, não havia mulheres participando do movimento socialista marxista. Com a criação do Partido Socialista, em 1900, as mulheres começaram a tomar partido. O Partido Socialista, o principal defensor do marxismo, também apoiou a luta pela igualdade das mulheres.
Em 8 de março de 1908, o Partido Socialista organizou uma manifestação que apoiava o sufrágio para as mulheres. Atualmente, o aniversário dessa data é comemorado no mundo todo como o Dia Internacional da Mulher.
O Partido Comunista teve sua fundação em 1919 e as mulheres que já faziam parte do Partido Socialista estavam entre as primeiras líderes e ativistas.

A organização sindical Trabalhadores Industriais do Mundo (IWW, na sigla original) teve bastante influência na criação do  Partido Comunista. A IWW foi a única que lutou diretamente contra o racismo, enquanto o Partido Socialista não dava atenção a especificidade do povo negro, usando como justificativa lutar apenas pelo proletariado. Só ao longo da década de 1930 é que os comunistas reconheceram o racismo na sociedade estadunidense.
O capítulo 10 é um pouco diferente dos outros porque nele a autora apresenta breves biografias de mulheres comunistas, suas relações com os partidos e suas trajetórias pessoais .A autora apresenta dados biográficos de mulheres que tiveram papeis importantes. Como é o caso de Lucy Parsons, mulher negra, ativista do movimento operário nos Estados Unidos. Mas Parsons não achava que as opressões se complementavam. Acreditava somente que o negro era perseguido por ser pobre e não por causa de sua cor.

Ella Reeve Bloor, conhecida como “Mother” Bloor, foi uma comunista branca, que viajava de carona pelos Estados Unidos e tinha uma grande consciência de classe e de raça.
Elizabeth Gurley Flyn, filha de pais membros do Partido Socialista, fez seu primeiro discurso em público aos dezesseis anos, atuando como ativista pela defesa dos direitos da classe trabalhadora. Depois de dois anos atuando pelo Partido Socialista, resolveu se unir à IWW, para atuar como agitadora de greves.
Também aparecem nomes como Anita Whitney e Claudia Jones.


1 Comentário

  • Responder
    RUDYNALVA
    6 março, 2017 em 12:07

    Maria!
    Uma pena Susan B. Anthony não ter uma visão mais ampla sobre a real necessidade trabalhista das mulheres e ter se afastado do sindicato.
    Bom ver os homens negros apoiarem as mulheres sufragistas negras e a tal da Ku Klux Klan foi um movimento horrível e atrapalhou e muito a vida dos negros.
    O socialismo de Karl Marx foi um marco no início do século XX.
    Cada vez me interesso mais pelo livro.
    Desejo uma ótima semana !!
    “Se sabemos exatamente o que vamos fazer, para quê fazê-lo?” (Pablo Picasso)
    cheirinhos
    Rudy
    http://rudynalva-alegriadevivereamaroquebom.blogspot.com.br/
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