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Capas temáticas- “Elaborando capa de livro”.

Essa tag foi inspirada na tag “ O que tem na capa “, do blog Vanille vie.

Vai ser mensal, então uma vez por mês vocês terão uma seleção de   livros, cujas capas se enquadram no tema do mês.

Nessa primeira postagem, trago como introdução, este belíssimo texto escrito pelo escritor Leo Vieira.

Elaborando Capa de Livro

Diz um ditado que “não se julga um livro pela capa”, certo? Correto. Eu já li muitas obras preciosas, cuja capa era muito sem graça e sem “vida”. Da mesma forma, também notei muita capa exuberante apresentando uma obra enfadonha, mal-elaborada e cheia de clichês muito saturados.
Reconhecemos que com o advento da tecnologia e o aprimoramento das tendências digitais de hoje, é possível fazer uma boa criação, apelando para todos os recursos digitais disponíveis do Corel ao Photoshop, entre outros programas complexos para edição e desenvolvimento de imagem.
A função da capa é fazer uma breve abordagem visual ao leitor, que ficará atraído com o título. A capa é a primeira coisa a chamar a atenção, seguida pelo título e sinopse. Desta forma, a escolha da cor de fundo é essencial. Se for uma ficção tranquila, azul; se for um drama, cinza; um romance cheio cenas bonitas? Rosa; uma aventura com muita ação? Vermelho, laranja ou tons com efeito luminoso. Terror com apelo macabro? Preto! E por aí vai.
Na escolha da imagem central, evite fotos (sugestão). Faça opção por um desenho bruto, ou sombra, com efeitos simples. Lembre-se que capa de livro não é banner de cinema.
Exemplos: Nuvem, jarro, corações, chama, machado, etc. Coloquei os exemplos respectivamente com o exemplo das cores, no parágrafo acima.
Não quero ser radical e pedir para que evitem escolher certas coisas, mas se atentem para serem originais nas escolhas das capas de suas obras. Prestem atenção como existem capas com imagem de close de olhos e também com punhais de ponta cabeça. São muitos. Procurem fazer a diferença e não se deixarem se levar pelo esteriótipo.
No meu caso, eu tinha uma ideia, mas deixei que a editora cuidasse de tudo. O efeito foi até melhor que o esperado. Eles utilizaram uma das cenas da história e transformou nesse desenho tribal, fazendo um misto de cruz e adaga, cuja base horizontal se parece com os olhos de um dos vilões da história.
Muitas vezes é a editora que cuida de tudo isso, seguindo o estilo do capista e da editoração da empresa. Porém, o autor também pode deixar sugestões e palpites. É nesse momento que o escritor pode ressaltar no que NÃO QUER em sua capa.
Resumindo, a capa do livro não pode ser padronizada como embalagem de remédio, nem deslumbrante como uma capa de DVD, com excesso de cores, fazendo até poluição visual. Observem as capas de livro mais antigas. Ao revisar sua obra, pense no objeto central que representa a história e peça para que tal item apareça no livro. Deixe o seu livro atraente em todos os aspectos.

Leo Vieira é autor do livro “Alecognição”, pela Editora Lexia.
Escritor acadêmico em várias Academias e Associações literárias; ator; professor; Comendador; Delegado Cultural em São Gonçalo e Doutor em Teologia e Literatura.

1 Comentário

  • Responder
    Unknown
    25 setembro, 2013 em 13:21

    Ótimo texto esse que você selecionou. Acho que a capa de um livro é muito importante…representa um convite para o leitor.
    Gosto de capas mais miminalistas, e concordo que deve-se evitar a poluição visual.
    A caoa do livro dele é belíssima, não conhecia o livro, mas agora irei procurar.
    Bjs

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